A moeda virtual já é aceita em cerca de 100 lojas no Brasil e agora inicia sua trajetória no
mercado imobiliário brasileiro
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Tecnisa aceitará parcelas de até R$ 100 mil em bitcoins, que só existem na internet.
Ainda pouco usada no Brasil, a moeda virtual bitcoin chegou ao mercado imobiliário, com a incorporadora Tecnisa, que passou a aceitá-la a partir desta semana.
Por enquanto, a empresa diz que a moeda digital só será aceita para o pagamento da primeira parcela da entrada, limitado a R$ 100 mil, volume que segundo a própria Tecnisa não deve ser alcançado tão cedo.
O interesse da incorporadora é mais acompanhar as tecnologias, segundo seu diretor de marketing, Romeo Busarello. "Não pretendemos já sair vendendo cem apartamentos com bitcoin. Mas, em alguns anos, a moeda deve ganhar liquidez. Por enquanto, se alguém trouxer um bitcoin, que está valendo em torno de R$ 1.000, aceitamos."
A incorporadora, que realiza reuniões mensais com start-ups para identificar focos de inovação, já ofereceu experimentação de Google Glass em estande de vendas e criou um projeto para filmar obras com drones, entre outras ações.
Busarello admite que nem tudo vai adiante, como o Second Life, rede social que virou moda anos atrás.
"Quando começamos a vender na internet, em 2001, muita gente não acreditou. Hoje, 43% do nosso faturamento vem de venda on-line."
A estratégia serve de marketing, segundo João da Rocha Lima Jr., professor da Politécnica da USP.
A reportagem consultou dez incorporadoras e construtoras, mas nenhuma aceita bitcoins. O Secovi (sindicato do setor) diz desconhecer ações semelhantes no meio.
Flavio Pripas, CEO da Bitinvest, que processa pagamentos em bitcoin, diz que atualmente a moeda tem sido mais usada em cerca de 70 estabelecimentos no país, como academias, bares e lanchonetes.
"Já vi compra de carro e casa nos EUA, mas esse uso para bens de maior valor ainda é raro até fora do Brasil."
Segundo Pripas, o movimento diário de bitcoins no Brasil varia de R$ 500 mil a R$ 1 milhão, sendo 80% para transações de investimento e só 20% para a compra de produtos e serviços.
"Tem gente comprando para investir, com a perspectiva de que vai render no futuro. Levar para o mercado imobiliário é pioneiro por isso."
Fonte: Folha de São Paulo
Fonte: Folha de São Paulo
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